Aproveitando a semana do cinema, que começou no dia 28/09 e foi até dia 04/10, eu e minha namorada fomos ao cinema assistir ao filme Resistência. Ou The Creator, no original. Novo filme de Gareth Edwards, mesmo diretor de Godzilla (sim, aquele lá de 2014) e Star Wars: Rogue One.
Gostamos, saímos do cinema comentando como o filme era bonito. E temos um costume: quando assistimos um filme, a gente comenta sobre e, depois de digerido, vemos algum vídeo sobre o filme, no YouTube. E notamos, não somente em canais do YouTube, mas nas redes sociais, que as pessoas não estão achando tudo isso, pois não tem nada demais na história.
Isso tem me incomodado um pouco. Pois sabemos que quase nada hoje em dia é original. Óbvio que uma nova obra de zumbi vai falar sobre o relacionamento humano diante desse apocalipse. Então o que sobra? A forma que vai ser contada aquela história.
Um exemplo que usei sobre isso é da série Black Summer. Tudo que vemos nessa série, em questão de história e enredo, já vimos em outras séries de zumbi. Vai ter pessoas se aliando às outras para sobreviver, pessoas formando facções para ter mais poder e dominar algumas áreas; personagens caçando familiares que se perderam em alguma confusão. Então, como já vimos tudo isso em outras séries e em outros filmes, o que essa série faz de diferente? A forma de contar a história, como se cada episódio fosse mini episódios. E muitas vezes de forma não linear, mas que as peças de juntam naquele episódio. Na segunda temporada eles elevam isso, com a peças se encaixando em episódios mais para frente. Ah, e se eu me lembro bem, tem até episódio com plano sequência. E em uma série só de zumbis (que sempre é sobre os humanos que restaram e todo mundo sabe).
Então, em Resistência, vamos sim assistir alguma clichês. O personagem principal começa em um ponto e sem gostar ou se importar com robôs e sabemos que lá na frente ele vai se afeiçoar por essa “raça”. E a história do filme é contada como se fosse episódios. Segue ainda uma linearidade, porém divididos em capítulos, como Resistência, A Criança e por ai vai.
E a parte que mais investiram, foi o visual. E cara, que visual lindo! O impressionante é que foram gasto 80 milhões. Isso não é dinheiro de troco do pão, mas quantos filmes e séries atualmente gastaram enormes quantias e teve um visual de Playstation 1? Aposto que você já pensou, pelo menos, em umas 3 obras. Então, um filme com um orçamento desse, utilizar de visuais belíssimos em uma ficção científica clichê, mas contada de forma não tão usual, me deixa muito satisfeito.
E não somente isso, mas me diverte. Ver todas aquelas máquinas, robôs. Parece tudo tão palpável, parece tão real! E, parece que mais uma vez, estão esquecendo de se divertir em assistir um filme. Não digo enxergar ele como um filme 5 estrelas, mas também pegar muito no pé dele como a grande decepção do ano, sendo que ele faz bem o que se propões, é muito estranho. Não sei se as expectativas estavam altas e aí se decepcionaram. Bom, como eu não sabia o que esperar e só tinha visto um trailer, fiquei satisfeito e não vejo a hora de rever o filme. Que a locadora do perigo, digo, os streamings não demorem em lançar.